Se você sentiu o café da manhã mais caro nos últimos meses, não está sozinho. Em Florianópolis, o custo de vida vem subindo sem freio — e o café, aquele companheiro de todos os dias, virou um dos maiores vilões dessa escalada. Só ele aumentou quase 79% em 12 meses. E não para por aí: morango subiu 38%, filé mignon 36% e o preço da costela bovina já assusta nas prateleiras. Comer bem e sem exageros virou um desafio até para quem sempre organizou o orçamento com cuidado.
De acordo com o Índice de Custo de Vida (ICV), da Udesc Esag, Florianópolis tem hoje a maior inflação entre 17 capitais do país. O índice acumulado chegou a 6,95% nos últimos 12 meses, contra 5,32% da média nacional. E neste ano de 2025, a Capital catarinense já registra 3,53% de aumento só até maio.
E não é só no mercado que o morador sente
O aumento atinge outras áreas essenciais do dia a dia. O transporte, por exemplo, ficou 9,24% mais caro, puxado por combustíveis, manutenção de veículos e passagens. A moradia também subiu 7,55%, pressionando quem paga aluguel ou precisa lidar com contas de energia elétrica e reparos em casa.
Itens escolares e roupas não escaparam: uniformes, bermudas masculinas e até produtos de higiene e beleza tiveram reajustes de 28% a 31%. Quem tem filhos em idade escolar sabe o peso que isso representa no começo e ao longo do ano letivo.
“Com o mesmo salário, estou comprando menos”
Esse é o relato de muitos moradores da ilha, principalmente famílias que vivem com renda de até cinco salários-mínimos. Comprar carne com frequência, manter frutas frescas na geladeira ou até sair para um lazer no fim de semana já virou luxo para muita gente.
O índice da Udesc mede os preços de 297 produtos e serviços, usados por famílias com renda de 1 a 40 salários-mínimos. Ou seja, é um retrato fiel de boa parte da população de Florianópolis — desde quem vive com salário mínimo até quem tem uma renda mais confortável, mas sente o orçamento apertar mês a mês.
Hora de repensar escolhas e cobrar soluções
Diante de uma inflação tão alta, o momento exige planejamento e estratégia. Isso vale tanto para o morador, que precisa ajustar hábitos de consumo, quanto para os gestores públicos, que devem acompanhar mais de perto os aumentos abusivos, oferecer apoio às famílias mais vulneráveis e buscar formas de reduzir os impactos nos serviços básicos, como alimentação, saúde e transporte.
Enquanto isso, o ideal é:
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Comparar preços e evitar compras por impulso;
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Priorizar alimentos da estação, mais baratos;
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Negociar aluguel ou reajustes contratuais, quando possível;
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Guardar uma reserva de emergência, mesmo que pequena;
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E, acima de tudo, acompanhar os índices oficiais, para entender como o seu bolso está sendo afetado de verdade.
O café, antes símbolo da pausa e do aconchego, virou um alerta vermelho. Se ele ficou caro, imagine o resto. E se a Capital mais bonita do país também for a mais cara, o que resta é resistir com informação, união e planejamento.
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