A manhã desta segunda-feira (16) foi marcada por muita fartura e emoção na tradicional pesca da tainha na Lagoinha do Norte, em Florianópolis. Os pescadores artesanais tiveram um verdadeiro presente da natureza: um lanço impressionante com cerca de 9.200 tainhas.
O feito foi resultado da prática artesanal conhecida como rede lisa, ou rede singela, uma técnica cheia de história que atravessa gerações nas comunidades pesqueiras do litoral catarinense. Nesse método, os pescadores cercam o cardume em alto-mar e utilizam um bambu para bater na água. O som espanta e agrupa os peixes, que acabam se concentrando na rede, facilitando a captura em grande escala.
Entre os protagonistas do dia estavam o pescador Letinha, seu filho Léo e toda a tripulação, que celebraram o sucesso com orgulho e alegria. A pesca não foi apenas um feito econômico, mas um verdadeiro ato cultural e de conexão com o mar.
Além da fartura de tainhas, o dia também foi marcado por um gesto de respeito à vida marinha: a soltura de uma arraia que havia sido capturada durante o processo. A prática, importante para a preservação da espécie, garante que o animal retorne com segurança ao seu habitat natural, contribuindo para o equilíbrio ecológico e a continuidade do ciclo de vida marinho.
Esse tipo de atitude mostra que tradição e consciência ambiental podem caminhar juntas. Em um cenário de mar calmo, redes cheias e muita celebração, o que se viu na Lagoinha do Norte foi mais do que pesca: foi um momento de comunhão com a natureza, respeito à cultura e esperança para os que vivem do mar.
Florianópolis viveu mais um capítulo especial da temporada da tainha — uma das épocas mais esperadas do ano por pescadores e moradores. A beleza da tradição segue viva, forte e inspiradora.
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