O Restaurante Popular de Florianópolis está fechado há mais de 90 dias e virou motivo de embate político na capital catarinense. O local, que atendia diariamente pessoas em situação de vulnerabilidade com refeições a preço simbólico, deveria ter reaberto nesta semana, mas segue sem data definida para voltar a funcionar. Enquanto a reabertura não acontece, a troca de farpas entre autoridades públicas tomou conta das redes sociais e movimentou o debate político local.
O fechamento do restaurante foi inicialmente justificado pela Prefeitura como necessário para realizar reformas e mudanças no funcionamento. O plano, segundo o governo municipal, é transformar o espaço no novo Restaurante da Família e do Trabalhador, que também funcionaria como centro de treinamento e geração de empregos. No entanto, a demora e a falta de prazos concretos provocaram questionamentos.
Representatividade políticas entraram em colisão ao abordar o assunto, de um lado o secretário municipal de Assistência Social, Bruno Souza, e do outro o vereador Leonel Camasão Cordeiro (PSOL).
Bruno Souza acusou, em publicações nas redes sociais, a esquerda e a Defensoria Pública de travarem a implantação do novo modelo, afirmando que usaram a Justiça para atrasar a solução de um problema social. Segundo o secretário, a Defensoria entrou com uma ação pedindo o retorno de um modelo antigo e cheio de falhas, o que teria gerado insegurança jurídica e paralisado o projeto da Prefeitura. Agora, após a decisão judicial favorável ao município, ele afirma que está liberado para seguir com o novo restaurante.
Por outro lado, o vereador Camasão rebateu as declarações e acusou o secretário de mentir. Ele afirmou que a Defensoria Pública perdeu a ação há 40 dias e que, desde então, a Prefeitura nada fez para reabrir o restaurante. Em tom crítico, Camasão responsabilizou diretamente Bruno Souza e o prefeito Topázio Neto pela situação, dizendo que o fechamento por mais de três meses comprometeu gravemente a segurança alimentar da população.
Ao ser questionado sobre as acusações, Bruno Souza manteve sua posição. Ele reforçou que os fatos são públicos, que houve ação judicial e liminares, e que a insegurança jurídica gerada impedia qualquer iniciativa de reabertura antes da definição clara da Justiça.
Enquanto isso, a população mais vulnerável de Florianópolis segue sem acesso ao Restaurante Popular. A Prefeitura afirma que as obras de reestruturação estão em andamento, mas ainda não há previsão oficial para a reabertura.
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