No Dia Nacional da Adoção, celebrado em 25 de maio, um juiz que atua na área da infância em Santa Catarina trouxe orientações importantes para quem pensa em adotar. Ele explica que a adoção é um ato de amor e responsabilidade, e que a decisão precisa ser feita com consciência, carinho e preparo emocional.
Adotar uma criança ou adolescente significa acolher uma nova pessoa na sua vida, com sonhos, vontades e personalidade própria. Não é um processo simples, mas é cheio de significado e pode transformar tanto quem adota quanto quem é adotado.
Por onde começar?
Quem deseja adotar em Florianópolis ou em qualquer cidade de Santa Catarina deve procurar o Fórum da comarca onde mora. Não é preciso contratar advogado. Basta apresentar os documentos exigidos — como identidade, CPF, comprovantes de residência e renda, atestados de saúde física e mental, além de certidões civis e criminais. Toda a lista está disponível no site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Após a entrega da documentação, o pedido passa por análise do juiz e do Ministério Público. Se estiver tudo certo, o próximo passo é participar de um curso para preparar o pretendente para os desafios da adoção. Também é feito um estudo psicossocial com apoio de psicólogos e assistentes sociais para verificar se a pessoa ou o casal está realmente pronto para ser pai ou mãe por adoção.
Quando tudo é aprovado, a pessoa é cadastrada no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), que organiza uma fila de acordo com a data da aprovação.
Tempo de espera: tudo depende do perfil
O tempo que cada pessoa espera para adotar depende muito do perfil da criança ou adolescente desejado. Muitos pretendem adotar apenas bebês brancos, sem irmãos e sem problemas de saúde. Por isso, essas crianças são as primeiras a serem adotadas.
Por outro lado, crianças mais velhas, negras, com irmãos ou com alguma condição de saúde, acabam esperando mais tempo por uma família. Em muitos casos, ficam em abrigos até completarem 18 anos.
Atualmente, em Santa Catarina, há 254 crianças e adolescentes prontos para serem adotados. E existem 2.788 pretendentes habilitados. Mesmo assim, muitos continuam à espera de uma família por conta da preferência por perfis mais restritos. O desafio é aumentar a conscientização sobre a chamada “adoção tardia”, que inclui crianças a partir de 8 anos de idade.
Adoção em Santa Catarina é prioridade
O sistema de justiça catarinense dá prioridade aos processos que envolvem infância e juventude. Desde a retirada da guarda dos pais até os pedidos de adoção, os prazos costumam ser respeitados e os juízes atuam com agilidade. Em Florianópolis e em outras cidades do estado, os fóruns estão preparados para acolher os pretendentes e ajudar em todas as etapas.
Escolha com amor e responsabilidade
Adotar é um gesto de coragem e entrega. É preciso entender que a criança ou adolescente não é um “objeto”, mas uma pessoa cheia de sentimentos, traumas e histórias. Quem deseja adotar deve buscar o serviço social da vara da infância da sua cidade e tirar todas as dúvidas antes de dar esse passo.
Em Florianópolis e em todo o estado, o Judiciário está preparado para orientar e ajudar quem quer transformar vidas por meio da adoção. Escolher adotar é escolher amar de forma consciente e acolhedora.
Compartilhe essa informação com quem precisa saber!
Entre na comunidade do AGORA FLORIPA e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!