Uma investigação da Polícia Federal revelou que uma quadrilha estava usando o Aeroporto Internacional de Florianópolis para enviar cocaína à Europa. O grupo criminoso também utilizava o aeroporto de Porto Alegre e contava com um esquema organizado para despachar as drogas escondidas em bagagens.
A operação, chamada Strappo, foi realizada nesta sexta-feira (22) e teve como foco cidades de Santa Catarina: Palhoça, Biguaçu e Tubarão. Nessas cidades, a Polícia Federal cumpriu oito mandados de prisão — cinco temporárias e três preventivas — e 13 mandados de busca e apreensão.
A investigação começou em abril deste ano, quando dois homens foram presos no aeroporto de Porto Alegre. Eles estavam prontos para embarcar com cocaína em um voo com destino a Lisboa, em Portugal. A prisão dos dois levou a polícia a descobrir que eles faziam parte de um grupo maior, que já havia tentado realizar o mesmo tipo de embarque pelo aeroporto de Florianópolis.
O grupo funcionava como uma verdadeira organização criminosa. Havia divisão de tarefas, pessoas responsáveis por financiar toda a operação e até um esquema para aliciar “mulas” — pessoas que transportam drogas escondidas no corpo ou na bagagem em troca de dinheiro. Tudo era planejado nos mínimos detalhes, desde o preparo da viagem até a chegada da droga na Europa.
A Polícia Federal acredita que o grupo também tenha uma parte do esquema montado no exterior, principalmente em Portugal, para distribuir a cocaína em outros países do continente europeu.
Com o material apreendido durante a operação, a polícia pretende identificar mais envolvidos e aprofundar a investigação. O foco agora é descobrir todos os nomes por trás do esquema e principalmente o braço internacional da quadrilha, que pode estar atuando diretamente em Portugal.
A operação mostra como o tráfico de drogas se modernizou, usando aeroportos e rotas internacionais. Também reforça a importância da investigação conjunta entre as autoridades brasileiras e europeias para combater esse tipo de crime que envolve dinheiro, risco e violência.
As investigações continuam e a expectativa é que novas prisões e revelações sejam feitas nos próximos dias.


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