O desembargador Luiz Antônio Zanini Fornerolli, corregedor-geral da Justiça em Santa Catarina, embarcou de Florianópolis para os Estados Unidos com uma missão especial: mostrar como a tecnologia pode ajudar a Justiça a ser mais segura e eficiente. Ele participou de um encontro técnico no centro executivo da Microsoft, na cidade de Redmond, onde apresentou um projeto inédito do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Durante a visita, o desembargador compartilhou uma iniciativa que vai mudar a forma como são feitas as audiências na Vara Estadual de Organizações Criminosas. O projeto usa inteligência artificial para proteger a identidade dos juízes e juízas, garantindo mais segurança no julgamento de casos sensíveis.
A tecnologia será implementada nas salas de audiência da unidade. Quando um magistrado estiver presidindo uma sessão, um sistema desenvolvido com o Microsoft Teams vai distorcer a imagem do rosto e a voz da pessoa. Com isso, ninguém poderá identificar se é homem ou mulher, nem reconhecer características pessoais. O objetivo é preservar a integridade e a vida de quem trabalha com o combate ao crime organizado.
Além disso, o sistema inteligente também vai fazer o reconhecimento facial das testemunhas e gerar a transcrição automática de tudo o que for dito durante a audiência, transformando áudio e vídeo em texto, de forma precisa. É um avanço importante que deve facilitar o trabalho dos tribunais e aumentar a segurança dos processos.
Essa ação faz parte de um movimento nacional para levar mais inovação, acessibilidade e proteção ao sistema judicial. O evento nos EUA foi organizado pela Microsoft Brasil, junto com o Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem), e reuniu autoridades do Judiciário, do Senado, do Conselho Nacional de Justiça e da Escola Nacional da Magistratura.
Com essa participação, o TJSC se coloca entre os tribunais mais inovadores do país, mostrando que Florianópolis também é referência quando o assunto é Justiça e tecnologia. A ideia de criar um “juiz sem rosto” já foi usada com sucesso em outros países, como o Peru, e agora chega a Santa Catarina com apoio da inteligência artificial.
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