Florianópolis voltou a ser destaque nacional, mas por um motivo que preocupa muita gente: a cidade registrou a maior inflação entre 17 capitais brasileiras, tanto no acumulado dos últimos 12 meses quanto nos quatro primeiros meses de 2025.
Nos últimos 12 meses, o índice de inflação em Florianópolis chegou a 6,84%, muito acima da média nacional, que ficou em 5,53%. Já em 2025, de janeiro a abril, o aumento de preços na capital catarinense foi de 3,05%, empatando com Aracaju (SE), o que também a coloca no topo do ranking.
Esse levantamento é feito mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com base no Índice de Custo de Vida (ICV), que acompanha os preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. A metodologia usada é semelhante à do índice oficial de inflação nacional (IPCA), o que permite a comparação direta entre as capitais.
O que ficou mais caro em Florianópolis?
Entre os itens com maiores aumentos nos últimos 12 meses, os alimentos dominam a lista. O café em pó subiu impressionantes 82,46%. O solúvel aumentou 66,83%. O tomate ficou 38,60% mais caro. Também subiram muito os preços da costela bovina (31,39%), filé mignon (30,99%) e chocolate em barra ou bombom (28,68%).
Além dos alimentos, outros produtos tiveram aumentos expressivos. As pedras usadas em construção subiram 55,45%. Móveis infantis aumentaram 35,13%. Shorts, bermudas e calções masculinos subiram 33,01%, e os uniformes escolares, 31,51%.
Grupos com maiores aumentos
No geral, os alimentos e bebidas foram os campeões de alta, com aumento médio de 9,65%. Em seguida, aparecem os grupos de despesas pessoais (8,67%), transportes (7,93%), habitação (7,69%), educação (6,90%) e saúde e cuidados pessoais (5,29%).
Alguns itens subiram menos, como os de comunicação (1,57%) e artigos de residência (0,80%). Já o grupo do vestuário teve queda média de 1,16%, uma das poucas boas notícias no relatório.
Como isso impacta o dia a dia?
Com os preços subindo de forma acelerada, especialmente nos produtos mais consumidos no dia a dia, as famílias de Florianópolis estão sendo diretamente afetadas. Desde a ida ao supermercado até as despesas com transporte e educação, tudo ficou mais caro.
Essa alta constante nos preços pressiona ainda mais o orçamento das famílias, especialmente das que têm renda mais baixa. Por isso, o tema da inflação continua sendo uma grande preocupação na capital catarinense — e um desafio para políticas públicas que busquem aliviar o peso no bolso do consumidor.
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