Uma cena registrada nesta segunda-feira (12), em Florianópolis, chamou a atenção de quem passava pela Avenida Beira-Mar Norte e se espalhou pelas redes sociais. Um morador de rua, já conhecido por pedir esmolas nos semáforos da região, foi flagrado consumindo drogas em plena luz do dia. A imagem causou forte repercussão, especialmente porque o mesmo homem havia ganhado notoriedade recentemente ao recusar uma oferta de emprego feita por um ex-deputado.
A situação gerou uma onda de reações nas redes sociais. Muitos internautas se disseram frustrados com a recusa do homem em aceitar ajuda e, agora, ao vê-lo envolvido com drogas, reforçaram o debate sobre os limites da solidariedade e a complexidade do problema social das pessoas em situação de rua.
O caso reacende uma discussão delicada: será que dar esmola ajuda mesmo? Segundo especialistas da área social, muitas vezes a ajuda direta, como dar dinheiro na rua, acaba dificultando o trabalho das equipes de assistência social. Isso porque, ao receber dinheiro diretamente, o dependente químico pode usar esses recursos para manter o vício, afastando-se das redes oficiais de apoio que oferecem tratamento, abrigo e até oportunidades reais de recomeço.
A frase que mais circulou nos últimos dias veio como um alerta direto à população: “Olha o que ele faz com a sua esmola.” A mensagem chama atenção para o impacto que uma ajuda mal direcionada pode causar. Em vez de alimentar uma família ou matar a fome, o dinheiro entregue no sinal pode estar, na prática, sustentando um ciclo de vício e invisibilidade.
A recomendação é clara: não dê esmola. Em vez disso, procure ajudar através de instituições sérias, que trabalham com assistência social e recuperação. A cidade de Florianópolis conta com programas públicos que oferecem suporte a pessoas em situação de rua, mas esses serviços precisam de apoio da sociedade para funcionar com eficácia.
O episódio serve como um alerta para todos: boas intenções, quando mal direcionadas, podem acabar reforçando o problema em vez de ajudar. A luta contra a marginalização e o vício exige compromisso coletivo, apoio estruturado e, acima de tudo, um olhar mais profundo sobre a realidade de quem vive nas ruas.
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