Uma proposta que pode mudar o dia a dia de quem anda de moto em Florianópolis está em debate. A vereadora Ingrid Sateré Mawé (PSOL) protocolou uma indicação pedindo a criação de motofaixas exclusivas ao longo de toda a Avenida Beira-Mar Norte, entre a Ponte Pedro Ivo e a região da Eletrosul.
A ideia é simples, mas poderosa: garantir mais segurança para motociclistas e entregadores que cruzam diariamente esse importante corredor da cidade. Muitos deles enfrentam o trânsito apertado em meio aos carros, com pouco espaço e muita vulnerabilidade. A proposta busca transformar essa realidade.
De acordo com dados apresentados na justificativa do projeto, mais de 60% dos atendimentos por trauma nos hospitais da cidade envolvem motociclistas. Além disso, cada acidente grave com moto custa, em média, mais de R$ 80 mil ao Sistema Único de Saúde. A criação de faixas exclusivas pode ajudar a evitar esses acidentes, salvar vidas e reduzir os gastos públicos.
Cidades como São Paulo, Belo Horizonte e até Bogotá já adotaram a motofaixa com bons resultados. Em Belo Horizonte, por exemplo, o número de colisões com motos caiu 35% após a implantação da faixa exclusiva. Florianópolis pode seguir o mesmo caminho.
A proposta é viável porque a Beira-Mar Norte tem espaço suficiente para comportar a nova faixa, segundo a vereadora. A intenção é separar o trânsito de motos do fluxo de carros, com sinalização clara e estrutura adequada. A medida seria permanente e planejada para funcionar em toda a extensão da via.
Além de protocolar o pedido oficialmente, Ingrid Sateré Mawé também lançou um vídeo nas redes sociais explicando a proposta e pedindo o apoio da população. No vídeo, ela valoriza os motoboys e demais trabalhadores da mobilidade que garantem serviços e entregas todos os dias na cidade.
Para a vereadora, respeitar os motociclistas é uma forma de fazer justiça social. Eles fazem parte do funcionamento da cidade e merecem condições seguras para trabalhar. A motofaixa é vista como uma solução moderna, acessível e urgente.
A proposta ainda depende de análise e resposta da Prefeitura de Florianópolis, mas já está mobilizando muitos apoiadores nas redes. A expectativa é que a cidade comece a olhar com mais atenção para quem anda sobre duas rodas — e que ações concretas comecem a sair do papel.
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