A Polícia Civil de Santa Catarina participou nesta quarta-feira (8) de uma operação de grande porte que teve como alvo um sofisticado esquema de fraude fiscal envolvendo empresas de fachada. A ação, chamada “Hollow Company”, foi coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal e contou com o apoio das polícias civis de São Paulo e Santa Catarina, além da Receita do DF.
Em Florianópolis, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em apoio às investigações conduzidas pelas autoridades do Distrito Federal. A operação teve como foco uma organização criminosa especializada em criar empresas fictícias — sem atividade econômica real — com o objetivo de emitir notas fiscais falsas e gerar créditos tributários fraudulentos. A principal beneficiada seria uma empresa do setor de embalagens plásticas, apontada como o núcleo da fraude.
Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em diferentes locais do país, incluindo o Lago Sul (DF), municípios paulistas como Jaguariúna, e a capital catarinense. As buscas atingiram residências de investigados e sedes de empresas envolvidas.
A Justiça também determinou o sequestro de bens, incluindo:
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41 veículos,
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32 imóveis urbanos e rurais,
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1 complexo industrial do setor de embalagens plásticas localizado em Jaguariúna (SP).
O valor total estimado dos bens bloqueados ultrapassa R$ 47 milhões, equivalente ao montante da dívida tributária identificada pelas autoridades.
Entre os crimes investigados estão:
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Sonegação fiscal,
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Falsidade ideológica,
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Associação criminosa,
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Lavagem de dinheiro.
As penas combinadas podem somar até 24 anos de prisão.
A operação mobilizou cerca de 70 agentes públicos, entre policiais civis e auditores fiscais, e reforça o combate nacional a crimes contra a administração tributária. A expectativa é que novas fases da investigação avancem sobre outras empresas envolvidas em práticas semelhantes.
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