Uma guerra entre facções criminosas no Rio Grande do Sul resultou em condenações significativas na Comarca da Capital. Quatro homens foram julgados pelo Tribunal do Júri nos dias 10 e 12 de setembro de 2024 e, juntos, receberam penas que somam 270 anos de prisão. Um quinto réu, envolvido nos mesmos crimes, já havia sido julgado e condenado em 2023, com pena de 53 anos e 6 meses de reclusão. Todos começarão a cumprir as penas em regime fechado.
Os crimes julgados envolveram três homicídios qualificados, incluindo uma tentativa de homicídio. Os acusados foram condenados por diversos agravantes, como motivo torpe (rivalidade entre facções), emboscada, perigo comum e uso de recursos que impediram a defesa das vítimas. Além disso, foram responsabilizados por receptação, adulteração de veículos e por integrar uma organização criminosa armada.
Os acontecimentos que levaram às condenações ocorreram em 3 de janeiro de 2021, no bairro Canasvieiras, em Florianópolis. Os réus, vindos do Rio Grande do Sul, chegaram à cidade com o objetivo de executar membros de uma facção rival. Dois deles foram presos em flagrante durante uma tentativa de fuga na SC-401, e os outros, que fugiram a pé, foram capturados posteriormente.
Durante os julgamentos, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou provas contundentes que levaram à condenação dos acusados. No primeiro julgamento, em 10 de setembro, dois réus receberam penas de 70 anos e 42 anos e 6 meses de prisão, além do pagamento de multas. No segundo julgamento, dois outros réus foram sentenciados a 56 anos e 6 meses, e 48 anos e 20 dias de prisão, com multas adicionais.
Os promotores responsáveis pelas sessões destacaram o impacto do veredito para a segurança pública. A atuação das polícias Civil, Militar e Científica foi fundamental para resolver o caso e garantir a aplicação da justiça. Segundo o MPSC, essas condenações reforçam a mensagem de que o crime organizado não compensa e que a justiça prevalecerá na proteção da sociedade.
Essa decisão representa um marco importante no combate ao crime organizado em Santa Catarina, especialmente em áreas turísticas movimentadas, como Canasvieiras, onde o crime ocorreu.
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