O acesso ao site do Instituto Paulo Freire estaria bloqueado nas escolas estaduais de Santa Catarina, impedindo que alunos e professores consultem conteúdos da plataforma. A denúncia levou um vereador de Florianópolis, Leonel Camasão, a questionar a Secretaria de Estado da Educação, pedindo esclarecimentos e o desbloqueio imediato do endereço na internet.
A restrição teria sido identificada em escolas de Florianópolis, Joinville, São José e Biguaçu, além de outros órgãos do governo estadual. O vereador solicitou informações sobre os critérios usados para o bloqueio e cobrou a liberação do acesso em toda a rede estadual de ensino. O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (24).
O educador Paulo Freire é uma figura histórica na pedagogia brasileira e alvo frequente de críticas de setores políticos conservadores. Durante o governo Bolsonaro, ministros da Educação e o próprio ex-presidente fizeram ataques diretos ao legado do pensador.
Santa Catarina tem estado no centro do debate sobre censura educacional. Em 2023, o governo estadual retirou nove livros das escolas públicas, alegando conteúdos inadequados. As obras abordavam temas como nazismo, totalitarismo, sexualidade e terror. Já em janeiro deste ano, foi sancionada uma lei que proíbe a reprodução de conteúdos considerados “impróprios” nas escolas do estado.
O caso do bloqueio ao site do Instituto Paulo Freire reforça a preocupação com o acesso à informação nas escolas e reacende o debate sobre liberdade pedagógica e censura no ambiente educacional.
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