A presença cada vez mais comum de capivaras em áreas urbanas de Florianópolis virou assunto sério e foi tema de uma reunião importante na Câmara de Vereadores. A audiência pública, realizada nesta quinta-feira (15), foi organizada pela Comissão de Saúde e reuniu mais de 10 órgãos, como IBAMA, Floram, Secretaria Municipal de Saúde, UFSC e o coletivo Fauna Floripa.
A população tem feito muitas reclamações. Moradores relatam que já encontraram capivaras em jardins, praças e até em ruas movimentadas, o que também aumenta o risco de acidentes com carros e motos. Por isso, o assunto chamou a atenção do poder público.
Durante a reunião, os especialistas deixaram claro que, até o momento, não existe um risco alarmante à saúde pública. A febre maculosa, doença que pode ser transmitida por carrapatos e que muitas vezes é associada às capivaras, tem baixa incidência em Florianópolis. Nos últimos cinco anos, foram registrados menos de 10 casos, e nenhum com ligação direta comprovada com os animais.
Mesmo assim, muitos moradores continuam preocupados. Afinal, não é todo dia que se abre a porta de casa e se dá de cara com uma capivara. Além disso, a circulação desses animais em ruas e ciclovias gera insegurança e desconforto para muita gente.
Durante a audiência, representantes do IBAMA explicaram que o aumento de capivaras não significa uma “invasão descontrolada”, mas sim o crescimento natural de uma espécie que encontrou alimento, abrigo e espaço livre na cidade. Eles reforçaram que, no momento, não há motivo para pânico.
Apesar das explicações técnicas, o vereador que propôs a audiência cobrou mais agilidade nas ações do poder público. Segundo ele, a situação precisa de soluções práticas, como medidas de controle populacional e sinalizações em áreas com maior circulação de capivaras.
O vereador também disse que, se não houver respostas concretas em breve, uma nova audiência será marcada em 30 dias. O objetivo é garantir que a cidade esteja preparada para lidar com esse novo cenário urbano, que mistura natureza e rotina dos moradores.
O debate mostrou que o aumento de capivaras em Florianópolis não é uma questão simples. É preciso equilíbrio entre o cuidado com os animais e a segurança da população. E esse diálogo já começou.
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