Uma nova parceria entre a Prefeitura de Florianópolis e o Ministério Público de Santa Catarina vai permitir o compartilhamento de informações estratégicas para melhorar o atendimento à população em situação de rua. O acordo prevê que dados do aplicativo municipal “Acolher” sejam disponibilizados para as Promotorias de Justiça de todo o estado, fortalecendo ações nas áreas de assistência social, saúde, direitos humanos, segurança e até no campo criminal.
Criado em 2023, o “Acolher” já reúne mais de quatro mil registros de pessoas que passaram pela capital catarinense. Nos últimos 30 dias, cerca de 900 cadastros seguem ativos no sistema, que utiliza reconhecimento facial e armazena dados como identificação, número de abordagens das equipes municipais, cidade de origem e encaminhamentos realizados. A tecnologia permite acompanhar casos de forma individualizada e agilizar o acesso a serviços públicos.
Com a integração ao Ministério Público, o uso dessas informações poderá ser expandido para todo o estado, alinhando estratégias e facilitando a atuação conjunta. A iniciativa também se soma ao recém-criado cadastro estadual de pessoas em situação de rua, aprovado pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo Governo de Santa Catarina.
Durante a reunião que discutiu a parceria, foram tratados ainda outros pontos importantes, como as ações para revitalizar o viaduto do bairro Campinas, na região da Via Expressa, entre Florianópolis e São José — local que enfrenta problemas recorrentes de acúmulo de lixo e uso de drogas. Promotorias e prefeituras têm trabalhado juntas nos últimos meses para buscar soluções definitivas, combinando limpeza, assistência social e encaminhamentos.
Outro tema em pauta foi a possibilidade de o Fundo para Reconstituição de Bens Lesados, administrado pelo Ministério Público, financiar melhorias tecnológicas para as atividades da Prefeitura nessas áreas de atendimento.
A cooperação, que será formalizada por documento, deverá ampliar a capacidade de resposta e a efetividade das ações voltadas à população vulnerável, unindo tecnologia, informação e trabalho integrado entre instituições.
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