Um grave acidente na Ponte Colombo Salles, em Florianópolis, terminou com a morte de um motociclista e outro ferido gravemente na noite do último sábado (26). O caso gerou comoção e levantou muitas dúvidas nas redes sociais: por que o motorista do carro envolvido no acidente não foi preso? Por que ele se recusou a fazer o teste do bafômetro?
O acidente aconteceu por volta das 23h30, no sentido continente da ponte, quando um carro modelo Volvo V40 colidiu com duas motos que estavam na pista da esquerda. Segundo os relatos da Polícia Militar Rodoviária, o motorista do carro relatou que seguia na faixa dois da ponte quando o veículo à frente reduziu a velocidade. Foi então que ele tentou mudar para a faixa da esquerda — onde estavam as motocicletas — e acabou provocando a colisão.
Luis Renato Teixeira Fonseca, de 55 anos, era um dos motociclistas e estava parado na ponte possivelmente por causa de um problema mecânico. Outro motociclista havia parado para ajudá-lo. Os dois foram atingidos pelo carro. Com o impacto da batida, Luis foi arremessado para fora da ponte e morreu na hora. A vítima trabalhava como mecânico de bicicleta e era bastante querida no seu ambiente de trabalho, que lamentou sua morte nas redes sociais.
O segundo motociclista sofreu ferimentos graves. Ele foi encontrado consciente, com traumatismo craniano, dores no pescoço, ferimentos na cabeça e sintomas de rigidez abdominal. Foi socorrido por equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu e encaminhado ao Hospital Celso Ramos.
Após o acidente, o motorista do carro não fugiu do local. Ele permaneceu na ponte e prestou socorro às vítimas, o que foi um dos fatores que impediram sua prisão em flagrante. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, se o condutor prestar socorro integral às vítimas, não é obrigado a ser detido naquele momento.
Outra dúvida que chamou atenção do público foi o motivo pelo qual o motorista não realizou o teste do bafômetro. A explicação é que, pela lei brasileira, ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Ou seja, mesmo em situações como essa, o condutor tem o direito de recusar o teste. A recusa, no entanto, acarreta multa administrativa e outras penalidades previstas no CTB.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, o motorista não apresentava sinais externos de embriaguez, como fala arrastada, olhos vermelhos, odor de álcool ou comportamento alterado. Como esses sinais não estavam presentes, e ele ainda prestou assistência no local, não houve base legal para a prisão imediata.
Ainda assim, o caso segue em investigação. Um inquérito policial foi aberto para apurar com profundidade as circunstâncias da colisão. A Polícia Civil aguarda o resultado dos laudos periciais, que serão fundamentais para esclarecer os detalhes do acidente e definir possíveis responsabilizações.
Enquanto isso, amigos e familiares de Luis Renato lamentam a perda de forma precoce e trágica. A comoção também se estende aos que acompanharam a notícia e buscam entender os desdobramentos do acidente na ponte que liga a ilha de Florianópolis ao continente.
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