Santa Catarina declarou situação de emergência em saúde pública nesta quinta-feira (12) por causa do aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A medida vale para todo o estado, incluindo a Grande Florianópolis, onde a taxa de ocupação de UTIs já ultrapassa os 90%.
Atualmente, a taxa de ocupação de leitos de UTI na região da Grande Florianópolis ultrapassa os 90%, tanto para o público adulto quanto para os setores pediátrico e neonatal. Esse índice representa um sinal de alerta máximo, já que significa que praticamente todos os leitos de terapia intensiva estão ocupados, restando pouquíssimas vagas para novos casos graves.
Esse cenário é reflexo do aumento expressivo de infecções respiratórias, especialmente provocadas por vírus como o da Influenza e o sincicial respiratório (VSR), que afetam principalmente crianças pequenas e idosos, mas também têm gerado complicações graves em adultos.
A decisão autoriza o Governo a agir com mais agilidade na contratação de serviços e aquisição de leitos, inclusive requisitando estruturas de hospitais privados. O objetivo é garantir atendimento rápido para os pacientes mais graves, especialmente aqueles internados em UTIs adultas, pediátricas e neonatais.
Desde maio, a Secretaria de Estado da Saúde já vinha reforçando as ações, com a contratação de leitos intensivos e intermediários com suporte ventilatório para pacientes do SUS. No Hospital Infantil Pequeno Anjo, em Itajaí, por exemplo, foram abertos 12 novos leitos especializados para casos respiratórios.
O decreto também responde a uma portaria do Ministério da Saúde, que prevê incentivos financeiros temporários para o atendimento de adultos com SRAG nos hospitais públicos.
O secretário de Estado da Saúde destacou que, apesar da ampliação de 264 leitos de UTI desde 2023 e da previsão de mais 44 leitos para abrir em breve, a demanda atual é muito alta, principalmente por leitos de isolamento respiratório.
Esses 44 novos leitos estão planejados para atender regiões como a Grande Florianópolis, o Vale do Itajaí, o Norte e a Foz do Rio Itajaí, reforçando o atendimento em áreas com maior pressão sobre o sistema hospitalar.
Além disso, a vacinação contra a gripe (Influenza) foi liberada para toda a população a partir dos 6 meses de idade, como forma de conter os casos mais graves que vêm pressionando a rede de saúde. A orientação das autoridades é clara: quem ainda não se vacinou, deve procurar uma das quase 2 mil unidades de saúde em Santa Catarina.
Segundo a Secretaria, os casos graves de gripe estão levando à morte e provocando superlotação hospitalar, especialmente nos hospitais da Grande Florianópolis, o que torna a vacinação uma atitude fundamental e urgente.
O Governo reforça que a colaboração da população é essencial neste momento, tanto para buscar imunização quanto para seguir cuidados básicos, como evitar aglomerações em caso de sintomas gripais e procurar atendimento médico rapidamente quando necessário.
Compartilhe essa informação com quem precisa saber!
Entre na comunidade do AGORA FLORIPA e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!