O bairro Monte Cristo, na parte continental de Florianópolis, foi mais uma vez acordado em meio ao susto e à preocupação. Durante a madrugada desta quarta-feira (30), por volta das 3h15, o rompimento de uma adutora da Casan causou estragos em pelo menos seis residências da região. A força da água abriu buracos no asfalto da rua Elesbão Pinto da Luz e invadiu casas localizadas em áreas mais baixas, provocando prejuízos materiais. Apesar dos danos, ninguém ficou ferido.
A situação chama atenção por acontecer quase um ano após outro episódio traumático na mesma comunidade: em setembro de 2023, o rompimento de um reservatório da Casan destruiu casas, desabrigou famílias e causou grandes perdas. Desde então, a empresa firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, que previa a adoção de medidas emergenciais e um plano de contingência para prevenir novas tragédias.
Diante do novo rompimento, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, instaurou uma notícia de fato para apurar o que aconteceu. A Promotoria quer entender as causas do rompimento, verificar se o plano de contingência foi seguido e identificar as providências adotadas para proteger os moradores.
O Promotor de Justiça responsável solicitou uma série de informações: a Casan tem até 20 dias para apresentar um relatório completo sobre o ocorrido, detalhando os danos, o número de pessoas afetadas, quais ações imediatas foram tomadas e de que forma será feito o ressarcimento das famílias prejudicadas. Órgãos como a Defesa Civil, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e a Prefeitura de Florianópolis também foram acionados para relatar o que foi feito durante e após o incidente.
O Ministério Público reforça que o caso será conduzido com base no Código de Defesa do Consumidor, que assegura a todos os cidadãos o direito a serviços públicos seguros, adequados e contínuos. O objetivo é garantir que os responsáveis pelos danos sejam identificados e que medidas concretas sejam tomadas para que episódios como esse não se repitam no futuro.
O bairro Monte Cristo, mais uma vez, vive a realidade de lidar com os efeitos de um sistema que falhou. Enquanto as investigações seguem, os moradores tentam recuperar o que foi perdido — e aguardam respostas que tragam mais segurança para o dia a dia da comunidade.
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