Um caso inusitado chamou a atenção em Florianópolis. Uma moradora de Jurerê Internacional, um dos bairros mais valorizados e de alto padrão da capital, teve o benefício do Bolsa Família cortado após ser identificada no sistema como beneficiária cadastrada como pessoa em situação de rua.
A descoberta foi feita pela Secretaria de Assistência Social, que apura possíveis recebimentos indevidos de auxílios na cidade. Segundo a pasta, o corte do benefício foi imediato e não houve aplicação de outras sanções contra a moradora.
Atualmente, Florianópolis tem cerca de 3.700 pessoas cadastradas no CadÚnico como pessoas em situação de rua (PSR). Porém, após conferências, apenas 1.700 foram confirmadas nessa condição. O cadastro é feito por autodeclaração e facilita o acesso a benefícios como o Bolsa Família.
A atualização cadastral é obrigatória a cada dois anos ou sempre que houver mudança na situação do beneficiário. De acordo com a Secretaria, é possível que uma pessoa estivesse em situação vulnerável no momento do cadastro, mas que hoje sua realidade seja diferente, exigindo reavaliação para garantir que os recursos cheguem a quem realmente precisa.
Desde o dia 4 de agosto, a prefeitura realiza um chamamento de pessoas cadastradas como PSR para confirmar a situação de vulnerabilidade. A ação vai até esta sexta-feira (15) na Passarela da Cidadania. Quem não comparecer terá o benefício cortado, mas, se comprovar a necessidade futuramente, poderá voltar a recebê-lo.
Para validar a condição de rua, a Secretaria cruza informações de atendimentos em serviços como o Centro POP, a Passarela da Cidadania e unidades de saúde. Caso o beneficiário não seja identificado nessas bases, considera-se que ele não está vivendo situação de vulnerabilidade.
As averiguações seguem em andamento para impedir que pessoas fora dos critérios recebam auxílios destinados aos mais necessitados.
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