A restrição ao tráfego de motocicletas na Ponte Pênsil da Barra da Lagoa, em Florianópolis, levou moradores da Prainha a participarem de uma audiência pública na Câmara Municipal nesta quinta-feira (7). O encontro reuniu autoridades, representantes da prefeitura, lideranças comunitárias e vereadores para discutir o impacto da medida e buscar soluções.
Para quem vive na Prainha, a ponte é o único acesso à região. Até recentemente, motos de serviço circulavam pelo local sem registros de incidentes, prática que durou mais de dez anos. Com a proibição, os moradores relatam dificuldades para receber entregas de água, gás, medicamentos e alimentos, além de enfrentarem problemas estruturais na passagem.
Representando a prefeitura, a secretária adjunta de Segurança e Ordem Pública explicou que a sinalização anterior, que autorizava a circulação de motos, não estava de acordo com as normas. Pelo Código de Trânsito Brasileiro, a ponte é considerada passarela, e a passagem de veículos no local caracteriza infração gravíssima, com multa e pontos na carteira.
A justificativa não convenceu a comunidade, que defende a retomada do tráfego de motos ao menos para serviços essenciais. Moradores relataram casos de idosos carregando botijões de gás a pé e a dificuldade de acesso a medicamentos e correspondências.
O presidente da Câmara informou que está em estudo uma proposta legislativa para liberar o tráfego controlado de motos de serviço, com horários restritos e regras específicas para evitar abusos, garantindo que necessidades básicas sejam atendidas.
Enquanto isso, permanece a expectativa por uma solução definitiva para a infraestrutura da região. A ideia é que, junto à regulamentação, também avance o projeto de uma nova ponte, que possa oferecer mais segurança e conforto para quem vive e trabalha na Barra da Lagoa.
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