Um empresário de 31 anos, morador do bairro Rio Tavares, em Florianópolis, foi absolvido pela Justiça de Santa Catarina da acusação de homicídio após matar um homem a facadas durante um conflito que ocorreu no início do ano. Mesmo com a absolvição, ele segue preso preventivamente, pois ainda responde por tentativa de homicídio contra o próprio cunhado, que sobreviveu ao ataque.
O crime aconteceu no dia 6 de janeiro, dentro da casa do empresário, no bairro Rio Tavares. Na ocasião, segundo relatos e depoimentos constantes no processo, dois homens invadiram o quarto do empresário armados com uma faca e uma corda. O motivo seria a cobrança de supostos investimentos financeiros que não deram certo.
De acordo com a decisão judicial, o empresário foi surpreendido dentro do próprio quarto, local onde dormia. A vítima fatal, identificada como Ricardo Beppler, teria chegado furioso e entrou no quarto junto com o cunhado do empresário, Rodrigo Bueno Coutinho Müller. Testemunhas relataram que Ricardo era uma pessoa explosiva e que, ao entrar no cômodo, rapidamente partiu para cima do empresário, dominando-o com uma técnica semelhante às de jiu-jitsu.
Durante a briga, os dois trocaram golpes de faca. O empresário conseguiu se desvencilhar, desarmar Ricardo e, no calor do conflito, aplicou golpes fatais que causaram a morte dele. O laudo pericial confirmou que os ferimentos foram provocados durante esse enfrentamento físico.
A Justiça entendeu que, nesse episódio, o empresário agiu em legítima defesa, uma vez que estava sendo atacado de forma inesperada, dentro de sua própria casa, por um homem armado e acompanhado de outra pessoa.
Por outro lado, a situação envolvendo o cunhado Rodrigo teve um desfecho diferente no entendimento da Justiça. Segundo consta no processo, após Ricardo ser morto, o empresário partiu para cima de Rodrigo e aplicou vários golpes de faca. Rodrigo, que já estava em posição de defesa, chegou a suplicar pela vida, mas mesmo assim foi esfaqueado e ficou gravemente ferido.
Por esse segundo ataque, o empresário foi pronunciado e será julgado pelo Tribunal do Júri, que vai decidir se ele realmente teve intenção de matar Rodrigo ou se agiu ainda sob o impacto do primeiro conflito.
Outro ponto que chamou atenção no caso foram as postagens feitas pelo empresário nas redes sociais logo após o crime. Em uma das publicações, ele aparece com o rosto machucado e escreve a frase: “Tô vivo e matei 1”, deixando claro que tinha plena consciência do que havia ocorrido.
Após o crime, ele foi preso em flagrante e encaminhado à Penitenciária de Florianópolis, onde permanece desde então, em prisão preventiva. Na audiência de custódia realizada no dia seguinte, a Justiça manteve sua prisão para garantir a ordem pública e por entender que havia risco de fuga, já que o empresário possui antecedentes por estelionato.
O motivo por trás de toda essa confusão seria uma cobrança relacionada a supostos investimentos financeiros mal sucedidos feitos com o empresário. Apesar do histórico de problemas judiciais na área financeira, sua defesa afirmou que está atuando exclusivamente no caso do crime ocorrido em janeiro, sem comentar processos anteriores.
Agora, com a absolvição por homicídio consumado, resta saber qual será a decisão do Tribunal do Júri em relação à tentativa de homicídio contra o cunhado, que segue se recuperando dos ferimentos.
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